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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Na caixa de música


Foto: Fauno Mendes



Ela é a explosão, é a força. Expressão!                 
É passos largos em saltos. É giro!
É a correria na incerteza. É coração!
De impulsos certos. É Grito!
Na firmeza dos pulsos os sonhos. Paixão!

Intensa na mente. Razão!
De cores diversas. Imaginação!
De olhos serenos e meigos. Menina!
Sorriso largo, abraço apertado. Fascina!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Para Sempre


Não lhe direi meus votos
não lançarei palavras ao vento
antes, os pintarei em tábuas de carne
em tom rubro intenso os farei pulsar
Ouvirás de dentro para fora
cada uma das minhas palavras

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Ouça o que lhe escrevo

_ O que te passas Seu poeta, porque te calas?
_ Ah, os sentidos estão perdidos, é sórdida a ilusão.
_ Mas não são vocês poetas que tudo descrevem e nos mostram o sentido?
_ Menino! Não se engane, somos reles nessa imensidão 
e nada podemos, o mundo já vai tão cedo...
_ Ah! Não te cales Seu poeta, grita em versos aos nossos olhos,
 mostra-nos a saída... Transceda nossas pobres almas ... Acalma-nos!
_ Menino tolo! O que esperas ? Que lhe traga salvação? 
Essa parte não me cabe, não tenho dom de previsão 
e se queres uma saída não e de poetas que precisas.
Precisas mesmo é de Profetas que anunciam a verdade,
verdade Unica que não se acha em qualquer vão,
verdade essa que atravessa alma, espirito, medula e coração.
_ Onde Seu poeta? Onde esta, já que o dizes?
_ Menino, além do manto negro há brilho intenso, 
corre teus olhos ao alto, eleve por si só teu pobre coração, 
voe no silêncio mas deixe em casa a razão,
se queres encontrar o que lhe digo e, achas crédito nos meus escritos...
Feche teus olhos e cala tuas vozes. Acredite...Somente acredite!
Mas antes, deixe os meus versos de canto, leva contigo o livro dos sábios,
ouça o que escreveram os Profetas. Encontrarás o calvário!
O que transcede o tempo e a lógica, esse te mostrará o caminho.
Ele é o próprio caminho! Se o encontrares não o perca, 
é Dele que provem todas as fontes, e que Dele bebe, sacia-se para sempre.
_ E como sabes disse Seu poeta?
_ Menino Tolo ...
... Silêncio...

Luiz Cabal


domingo, 11 de novembro de 2012

3:16



Amei-te de tal maneira que
desenhei em lousa negra
de caminhos infinitos
seres iluminados e
figuras pontilhadas de
brilhos incandescentes

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Desencanto



Cantou pra longe
a lamuria de viver
não há abrigo
para os cansados
Voou ao deserto
e quis morrer só

domingo, 4 de novembro de 2012

Mortais



Reles mortais que somos
Insignificantes nesse universo
Achamo-nos deuses
mas não governamos 
o nosso próprio secreto
Despertos, dispersos, fáceis
Em nossas caixas está escrito
Frágeis! Miseráveis! Arrogantes.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tempo de Amoras


Naquela noite os céus eram laranjas
e eram eles de tambores embalados
Eram os "bons ventos" da nova estação
de dançar conforme a música
tão antiga mas peculiar
de se receber do mestre

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Engano



E pensar que era um badalar de coração...
Ledo engano!
O riso se desmancha com o vento
Alento se desfaz assim fugaz
Perdido no mais
Melhor não ter sido...

Flores



Faz me chorar minhas pétalas
Quando sopras teus ventos gélidos
Esmorece-me o corpo frágil
Escorre-me no intimo o orvalho

sábado, 25 de agosto de 2012

Escreve!



Escreve ai o que sinto
São dores como as de parto
Mesmo não sendo eu mulher
 Meu estado letárgico
É fruto do absinto
Veja como quiser
Insisto

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Não volta


O tempo, este!
É qualquer um
As telas são diversas
O Cronos não se limita
A esperar na estação
Expresso serpenteia
Nos recônditos ocultos

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Melódica tristeza




Por que te escondes?
Pra onde foges dos meus olhos?
Noite fria que assombra
dispersa o pobre canto

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Deixar



Ela me disse: tempo!
Como se para a febre
Dos meus sentimentos
Esse fosse o remédio
Para aliviar o mal estar

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ardente Anseio




Eu que suspiro pela noite
Desejosa pelo tempo
Quando as mãos se unirão
E os corpos serão um
Sonho acordada na espera
Pelo momento dos teus olhos

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Tum Tum Tá Tá Tummm




Tum-tum Tum-tum
 Coração pequenino
Tum-tum Tum-tum
Ritmando sonhos
Tá Tum-tum Tum Tá
Acelera devagarinho
Tá Tum-tum Tum Tá
Faz rostinho risonho
Tá Tum ...

terça-feira, 3 de abril de 2012

E se fosse fácil




Desejaria muito que fácil fosse
Que surgisse como mel, o doce
Pra compor uma canção
De despertar do sono, bater forte o coração

sábado, 10 de março de 2012

Poetisa


Ela dizia não saber, não ser
Seria sem ser
Sendo sem querer
Bastava ter nas mãos
Lápis, papel, um borrão
De múltiplas ideias
Que como bola de sabão
Espalham-se pelo ar
O reflexo colorido
Contrastando com a luz
Faz menina escrever
Sentidos, ideias, emoção
Deixa assim transparecer
O que se vai ao coração

Luiz Cabal


domingo, 4 de março de 2012

Desejo de Minino


Minino Sonhador
Sonhava em ser Astronauta
Ele queria era tocar estrelas
Ele rezava pedindo asas
Porque vuá ele num podia

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Insanas




As princesas abraçaram a prostituição
Lançaram-se da torre ao mar de ilusão
Caíram feito pedras. Insensibilidade!
Perderam a majestade! Ouro de Tolo!
Apressaram seus passos

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Aquieta-te !



Por que te apressas
A dar passos largos
E alcançar com fadiga
O que já lhe pertence?
A ânsia que consome
O saudável pensamento
Traz um amargo gosto
De desgosto aos desejos

Aquieta-te!

Ritma os teus passos
Ao teu próprio tempo
Não corra atrás do vento
Basta não ficar parado
Quem muito corre pela vida
Feito louco desvairado
Nada vê além de si
Nada vê além do fim
Não vê os céus floridos
Nem os jardins estrelados
Passa seriamente despercebido
Pela tão cheia vida de detalhes

Luiz Cabal



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