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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Flores



Faz me chorar minhas pétalas
Quando sopras teus ventos gélidos
Esmorece-me o corpo frágil
Escorre-me no intimo o orvalho
Faz me perecer em teus braços
Quando me trocas na estação
Despe-me as folhagens
Enquanto corres
Dobro-me a tua vontade
De livre ser, ser só
Morro lentamente
Sobre o leito seco
E de mim o que restas
Contigo levas e espalhas
Essência que encanta
Para guardares em outras memórias
A lembrança da fragrância
Perfume do meu amor.

Luiz Cabal


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