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domingo, 4 de novembro de 2012

Mortais



Reles mortais que somos
Insignificantes nesse universo
Achamo-nos deuses
mas não governamos 
o nosso próprio secreto
Despertos, dispersos, fáceis
Em nossas caixas está escrito
Frágeis! Miseráveis! Arrogantes.
Infames, alienados
perdidos no espaço de tempo
que corre depressa
e aperta os calos dos cansados
e não permite nem um café.
Sem fé, a pé, em ré
a brisaque sopra para longe a fumaça
revela que tão breve é a farsa
cai diante dos olhos
a escama que cegava
vê se então, quão grande ilusão
achar-se ser...
tão deus quanto se pensa
Pena!
É só mais uma folha seca
no chão com tantas outras
varridas para longe
no fim da Estação.


Luiz Cabal





Um comentário:

  1. Bravo meu caro Cabal! faz bater a porta nossa fragilidade e brevidade, q infelizmente muitos não se dão conta; e deixa claro o "querer ser" e o "ser" intrínseco a humanidade.

    Maxwel

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