Um bandolim, um pandeiro
Meia duzia no botequim
Já é mais que costumeiro
a roda cantada em versos
Boêmios em seu bordejo
Donzelas nos lugarejos
fazendo esbornia em decesso
Um tam tam, um canteiro
meia duzia de mulheres afim
os malandros em serpenteio
o samba que faz um recesso
uma valsa de bêbados
álcool nos olhos vermelhos
madrugada que vai no excesso
Já se foi quem toca o instrumento
as caixas vazias espalhadas
vestígios de outra madrugada
de uma felicidade forjada
em goles de esquecimento
de si, de tudo e do resto.
Luiz cabal