O que vejo alem das lentes
Vem do obscuro imaginário
Aquários vazios com peixes voadores.
Água de flores no meu
universo paralelo, amarelo!
Anil! Céu que balança a calda do cometa
Que seja! Mente febril, insana de cores em colapso, Explosão!
Vulcão em erupção, borboletas
que voam sem asas.
Com vento, tão leve, tão breve como suspiro, perdido ao léu
Do mastro do navio o horizonte, tão longe
Tão linha, tão minha, que esconde
Meu lago de sombras com monstros marinhos
Mesquinhos, perversos,
inverso do que se move
Meu conto nobre, meu mundo sozinho, encantado.
De lápis e pinceis, paredes e papeis
De primarias, secundarias e infinitas.
Rabiscadas, traçadas e esquisitas
Na infinidade que não se contem em mim
Luiz Cabal